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50 Anos de Independência: Angola Celebra a Paz, a Soberania e um Novo Rumo de Desenvolvimento

Discurso 50 Anos de Independência de Angola

📢 50 Anos de Independência: Angola Celebra a Paz, a Soberania e um Novo Rumo de Desenvolvimento

Luanda, 11 de Novembro de 2025 – Sob um manto de fervor patriótico e na presença de ilustres Chefes de Estado e de Governo, o Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, proferiu um discurso histórico no ato central das comemorações do Quinquagésimo Aniversário da Independência Nacional. A mensagem foi clara: celebrar as conquistas alcançadas sob o lema da Paz, Reconciliação e Desenvolvimento Económico.

🌍 Do Troar dos Canhões à Paz Firme

O Presidente Lourenço abriu o seu discurso recordando a coragem do saudoso Dr. António Agostinho Neto, que há 50 anos proclamou a Independência "sob o troar dos canhões". O percurso de Angola foi descrito como uma "caminhada difícil", marcada por desafios extremos:

  • Dupla Colonização Evitada: Angola teve de enfrentar de imediato o regime retrógrado do Apartheid, correndo o "sério risco de ser colonizada duas vezes".
  • A Batalha Épica: O Chefe de Estado homenageou os valorosos jovens combatentes angolanos e cubanos que verteram o seu sangue para garantir a derrota militar do Apartheid na "célebre Batalha do Cuito Cuanavale". Essa vitória foi determinante para a queda definitiva do regime e para a independência da Namíbia.
  • Fim do Conflito Interno: Após 27 anos de guerra que dividiu famílias e destruiu infraestruturas, a conquista da paz a 4 de Abril de 2002 permitiu a "efetiva reconciliação nacional".

🛠️ Foco no Desenvolvimento e nas Reformas

Com 23 anos de paz, o Presidente sublinhou que o objetivo fundamental é resolver os problemas herdados da guerra, colocando o combate à fome, à pobreza e às desigualdades sociais no centro dos esforços.

  • Reabilitação e Desminagem: O grande esforço de desminagem visa declarar Angola "livre de minas nos próximos dois anos", garantindo a livre circulação e viabilizando projetos agropecuários e económicos.
  • Reforma Económica: Continuam a trabalhar na melhoria contínua do ambiente de negócios e atração de investimento direto estrangeiro, visando a diversificação económica.
  • Autossuficiência Energética: Angola dispõe hoje de produção de energia elétrica "suficiente", com o objetivo de levar a energia a todo o território e até vender aos países limítrofes.

🚢 O Corredor do Lobito: Um Pólo Gigantesco

Um dos pontos altos do discurso foi a ênfase no Corredor do Lobito, descrito como um **"projeto de grande envergadura"** e um **"pólo gigantesco de desenvolvimento"**.

  • Interesse Internacional: O Corredor despertou grande interesse internacional devido ao seu potencial para alavancar o desenvolvimento de Angola e tornar a economia mais robusta.
  • Integração Africana: Desempenhará um papel decisivo nas infraestruturas de interconexão em África, crucial para a operacionalização da Zona de Livre Comércio Continental Africano.

🕊️ Política Externa: Pela Paz e Multilateralismo

O Presidente reforçou o compromisso do país com a resolução pacífica dos conflitos, advogando a necessidade de uma ordem mundial mais justa:

  • Fim das Guerras: Defesa do fim da guerra contra a Ucrânia e a resolução do conflito no Médio Oriente, que deve levar à criação do Estado da Palestina.
  • Alerta Africano: Preocupação com o flagelo dos golpes de Estado e das mudanças inconstitucionais em África, e o recrudescimento de grupos terroristas.
  • Reforma da ONU: Defesa firme do multilateralismo e da necessidade de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, por não refletir o equilíbrio de poderes atual.

🤝 Apelo à Nação: "A Guerra Ficou Para Trás"

No encerramento, o Presidente Lourenço dirigiu-se diretamente aos angolanos, lembrando os três grandes obstáculos ultrapassados e apelando: **"a guerra ficou para trás"**.

A prioridade deve ser o investimento na educação e ensino e na consolidação económica.

O Presidente concluiu condecorando o esforço coletivo:

"Aos que, ao invés de se limitarem a lamentar de braços cruzados, arregaçam as mangas e vão à luta."

A celebração dos 50 anos de Angola é uma reafirmação da sua soberania, do seu papel diplomático em África (assumindo a Presidência temporária da União Africana) e de um novo foco inabalável no desenvolvimento e na prosperidade partilhada.