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Odebrecht e os Bilhões Entregues a Edson Ndalu de Morais para Esquemas de Corrupção

Odebrecht e os Bilhões Entregues a Edson Ndalu de Morais

Odebrecht e os Bilhões Entregues a Edson Ndalu de Morais para Esquemas de Corrupção

Por Group Media News | Atualizado em 11/11/2025

Documentos da Justiça brasileira e reportagens de jornais de investigação indicam que a construtora Odebrecht, no centro da Operação Lava Jato, transferiu milhões de dólares para contas vinculadas a Edson Ndalu de Morais, filho do ex‑ministro das Finanças José Pedro de Morais, no contexto de negócios com o Estado angolano.

Movimentação de recursos e offshores

Segundo fontes da Polícia Federal do Brasil, parte desses recursos circulou por offshores e empresas criadas especificamente para operar em Angola, Brasil, Estados Unidos e Andorra, permitindo:

  • Pagamento de propinas a agentes públicos;
  • Ocultação de patrimônio em contas internacionais;
  • Financiamento de investimentos pessoais e luxos de Edson Ndalu de Morais;
  • Fortalecimento de uma rede empresarial e financeira que incluía participações em bancos, empresas de importação e exportação e canais de mídia.

Empresas ligadas ao esquema

Entre as empresas associadas ao esquema, destacam-se:

  • Emirais Angola e Emirais Brasil – usadas para movimentação de fundos entre países;
  • Banco Brasil-Américas – com sede no Brasil e Miami, onde detinham 40% de participação;
  • Barton Internacional – offshore usada em contratos com a Odebrecht;
  • Participações na TV Record África e em eventos culturais e imobiliários em Angola e Portugal.

Funcionamento do esquema

O esquema teria funcionado de forma triangular: enquanto a Odebrecht recebia contratos públicos no setor de obras, Edson Ndalu recebia recursos direcionados a offshores e empresas que facilitavam a circulação e lavagem do dinheiro. Relatos de investigadores brasileiros documentaram transferências internacionais com destino a contas privadas associadas a ele.

O silêncio da PGR

Apesar das evidências internacionais, a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola ainda não se pronunciou sobre a abertura de investigação formal, deixando um vazio institucional enquanto os bilhões supostamente desviados permanecem fora do alcance da justiça.

Impacto e alertas de especialistas

Especialistas em finanças e combate à corrupção alertam que a não responsabilização de Edson Ndalu envia um sinal de impunidade para outros atores ligados ao poder político e económico em Angola, comprometendo a credibilidade do país perante investidores internacionais e organismos de cooperação.