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INVASÃO DE TERRAS: TRÁFICO DE INFLUÊNCIA E ABUSO DE PODER MANCHAR GOVERNO PROVINCIAL DO ICOLO E BENGO

INVESTIGAÇÃO - Icolo e Bengo

EXCLUSIVO: CRIME DE COLARINHO BRANCO EM PROVÍNCIA. LUANDA, Hoje.

INVASÃO DE TERRAS: TRÁFICO DE INFLUÊNCIA E ABUSO DE PODER MANCHAM GOVERNO MUNICIPAL DO ICOLO E BENGO

Uma grave denúncia aponta a Administradora do Cabiri, Isabel Nicolau Kudiqueba dos Santos, como alegado pivô de um esquema de usurpação de terrenos, envolvendo falsificação de documentos, esbulho e a conivência de oficiais da Polícia Nacional e das FAA (Forças Armadas Angolanas).

O Envolvimento da Administração Municipal

A situação, descrita como "extremamente grave" e com longa duração no Km-36, Icolo e Bengo, centra-se na invasão de uma propriedade privada, legítima há mais de 20 anos. A Administradora Isabel Nicolau Kudiqueba dos Santos é acusada de emitir **documentos e licenças de construção falsas** para favorecer o invasor, Francisco Santana, e de alegadamente já estar a usar documentos falsos para vender o terreno a terceiros.

A denúncia sublinha que a propriedade tem toda a documentação legal (Título de Direito de Superfície, Certidão de Registo Predial n.º 5835), mas tem sido alvo de uma **"rede organizada"** que alegadamente envolve autoridades municipais, fiscais, policiais e militares.

A Ação Coordenada da Fiscalização

A rede de apoio institucional inclui o Diretor Municipal da Fiscalização, **Paulino Bernardo**. Este é acusado de emitir notificações ilegais sem base jurídica e de usar falsos fiscais para intimidar e vandalizar o espaço. O Director da Fiscalização do Cabiri estaria a executar ordens coordenadas com a Administradora, numa tentativa de forçar a retirada do legítimo proprietário por meios fraudulentos.

Existem ainda sinais claros de colaboração por parte da Comandante Municipal da PNA, a inspetora **Brígida**, agentes do SIC no Icolo e Bengo e alegados funcionários da PGR a nível provincial, segundo a fonte que fez a denúncia ao portal *tvnzinga.com*.

Forças Militares: O Abuso de Poder e o "Cavalo de Tróia"

O ponto mais alarmante da denúncia é o **envolvimento de forças militares** em questões civis. A fonte relata a intervenção do **Tenente-Coronel Heitor Nunes**, que se deslocou por três vezes ao terreno, alegadamente utilizando viaturas da Polícia Judiciária Militar e efetivos militares fardados de Comandos e fortemente armados.

GRAVE ACUSAÇÃO DE CONIVÊNCIA

O Tenente-Coronel Nunes, que agiria sob orientação do **General Zamba**, seu superior hierárquico, terá retirado à força os seguranças do proprietário legítimo e os substituído por elementos de uma empresa de segurança privada pertencente ao Superintendente **Azevedo Paim**, atual responsável do Posto de Comando da Polícia de Luanda.

Isto configura abuso de poder, interferência irregular de forças militares em questões civis e indícios sérios de conivência para facilitar a ocupação indevida.

O Tenente-Coronel Heitor Nunes, questionado, defendeu-se, afirmando que a informação é "mentira" e que nunca agiu isoladamente: "Eu tenho meus superiores hierárquicos, eu assim, vou lá, e tiro todos, eu não sou ministério público", sintetizou.

A Resposta da Administradora

Em busca do contraditório, o Administradora Municipal do Cabiri, Kudiqueba, ripostou ao contacto, questionando a identidade do jornalista:

“Eu não posso falar, ao telefone, não conheço se é mesmo jornalista, por isso aparece na Administração às 10 h 00.”

A denúncia feita à Inspeção Geral da Administração do Estado (IGAE) a 15 de agosto também não obteve uma resposta satisfatória, o que levou a um apelo direto às entidades superiores de justiça e às Forças Armadas para que intervenham e **reponham a legalidade**.

Fonte: TV Zinga. | Reportagem de Investigação.